A Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de São Jorge, também designada por Cardeal D. Teodósio de Gouveia, foi inaugurada no dia 5 de Outubro de 2010 e deve o seu nome à figura histórica mais emblemática desta freguesia. O Cardeal D. Teodósio de Gouveia, patrono desta escola, nasceu a 13 de Maio de 1889, no sítio de São Pedro. Entrou para o seminário claretiano do Funchal a 4 de Outubro de 1905. Em 1916 dirigiu-se a Roma onde frequentou a Universidade Pontifícia Gregoriana, doutorando-se em Teologia e Direito Canónico. Foi ordenado sacerdote a 19 de Abril de 1919. De 1920 a 1921 frequentou a Escola de Estudos Sociais de Bérgamo, tendo sido admitido na Universidade de Louvain. Regressando à Madeira em 1922, foi nomeado secretário da Câmara Eclesiástica e professor no seminário diocesano. De volta a Roma, foi vice-reitor (1929-1934) e reitor (1934-1936) do Colégio Pontifício Português, sendo também reitor da Igreja de Santo António dos Portugueses na mesma cidade. A 26 de Novembro de 1931 foi nomeado, por Pio XI, Camerlengo Privado de Sua Santidade e a 23 de Abril (dia de São Jorge) de 1934, Prelado Doméstico de Sua Santidade com o título honorífico de Monsenhor. A 18 de Maio de 1936, D. Teodósio é nomeado Prelado de Moçambique e bispo titular de Leuce, sendo ordenado bispo no dia 5 de Julho desse mesmo ano. Mais tarde, a 4 de Setembro de 1940, é nomeado primeiro Arcebispo de Lourenço Marques (Maputo), tendo tomado posse da arquidiocese a 18 de Janeiro de 1941. O papa Pio XII elevou-o a Cardeal-Presbítero a 18 de Fevereiro de 1946, tornando-se o primeiro cardeal residente em África. Em 1958 participa, como cardeal eleitor, no conclave que elege o Papa João XXIII. Morreu no dia 6 de Fevereiro de 1962, na residência arcepiscopal da sua diocese de Lourenço Marques. Está sepultado na Catedral da Imaculada Conceição, atrás do altar-mor. Recebeu a Grã Cruz da Ordem de Cristo em 1939 e a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique em 1961. Foi um grande missionário e defensor do sistema educacional, criando várias escolas; o Papa Pio XI, que o enviara para Moçambique, confiante no entusiasmo e fé de D. Teodósio, disse em jeito de profecia: "Já vejo aquela mancha de falta de fé desaparecer!"